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5 de dezembro de 2011

Zaha Hadid



Eu penso que não há dúvidas de que o ambiente tem um impacto em toda a gente, seja numa escola, em casa ou nos hospitais. O bem-estar e a arquitetura estão ligados, não há dúvida.
Zaha Hadid

Zaha Hadid nasceu em Bagdá em outubro de 1950. Formou-se em matemática na Universidade Americana de Beirute. Após se graduar, começou a estudar na Architectural Association de Londres, e logo depois passou a estabelecer prática profissional própria em Londres. Vencedora de diversas competições internacionais, alguns de seus projetos vencedores nunca foram construídos: como The Peak Club em Hong Kong (1983) e a Ópera da Baía de Cardiff em Gales, por exemplo. Em 2004, Hadid se tornou a primeira arquiteta mulher a receber o Prêmio Pritzke de Arquitetura - o "prêmio Nobel" da área arquitetônica - pelo conjunto de sua obra. De alguns anos para cá, foram concluídas, com muitos olhares voltados, obras suas mundo afora. Algumas são resultados de concursos, outras foram feitas por convite.

Zaha Hadid é, atualmente, um dos nomes de maior relevância da arquitetura mundial, possui obras construídas em vários lugares diferentes do mundo, projetos que vão de uma plataforma de esqui na Áustria até uma estação de trem com complexo de estacionamento de carros na França, passa tambem por um museu - o Centro Rosenthal para Arte Contemporânea, nos EUA.

Entre seus inúmeros trabalhos de arquitetura e moda idealizados e ainda não realizados está um museu - MAXXI, sinuoso, de linhas contínuas, torcidas e acompanha o mesmo espírito de sua arquitetura orgânica e descontrutivista do movimento do Desconstrutivismo, que teve início no final dos anos 80 e contou com representantes ilustres como Frank Gehry -. O Museu Nacional das Artes do Século 21, em Roma, inaugurado em 2009, é considerado por Zaha um de seus projetos mais empolgantes, entre os mais ou menos cem projetos em andamento pelo escritório dela atualmente. Zaha diz: “Não é mais apenas um museu, mas um centro com muitas galerias e espaços que estão entrelaçados e superpostos uns sobre os outros”.


Zaha afirma que o Brasil, por conta do arquiteto Oscar Niemeyer, assume forte influência em seu trabalho, considera um motivo de visita ao Brasil para conhecer o mito e suas criações (ela ficou especialmente impressionada com a Casa das Canoas, no Rio).

Já com a moda, Zaha afirma ter relação "experimental" e gosto pelos japoneses como Issey Miyake e Comme des Garçons. Profissionalmente, fez mais duas incursões pelo universo fashion antes da Melissa: criou uma bolsa para a exposição "Icons", da Louis Vuitton, de 2006, e um container futurista que serve como galeria móvel para a mostra "Mobile Art", patrocinada pela Chanel, e que exibirá, em várias cidades do mundo, reinterpretações da clássica bolsa de matelassê da maison, realizadas por 20 artistas convidados. Neste momento, o pavilhão criado por Zaha deixou Tóquio e segue para Nova York.

Em entrevista por e-mail, Zaha Hadid falou sobre arquitetura, design e moda, e como os três assuntos estão interligados em seu trabalho.

A sra. tem projetos por todo o mundo. Gostaria de fazer algo no Brasil? Se pudesse escolher, que tipo de projeto e onde seria?

Eu ainda acho que não há exemplos de algumas idéias que desenvolvemos ao longo dos últimos 30 anos e que são baseadas em uma escala muito maior, não apenas na escala de uma cidade, mas em parte de uma cidade, em uma área enorme. É uma questão de idéias sobre quanto impacto é possível ter de fato em uma escala maior. Não precisa ser um prédio que é grande - mas uma série de prédios. A arquitetura é um veículo por meio do qual acho possível tratar de certas questões sociais muito importantes, evidentes nas complexidades das vidas das pessoas do século 21. Minha obra portanto se preocupa com a expansão de uma linguagem arquitetônica capaz de lidar com este aumento da complexidade. É uma arquitetura de fluidez e porosidade - com muitas camadas interligadas e usos mesclados.

Eu li que seu estúdio tem, atualmente, 100 projetos em desenvolvimento. Quais a sra. considera os mais desafiadores e por quê?

Zaha Hadid - Eu diria que temos um repertório formal muito diverso de trabalho. Nós sempre estamos interessados em expandir nosso repertório e fazer coisas diferentes em contextos diferentes, com cada projeto respondendo às suas instruções e contexto de uma forma totalmente singular. Um de nossos novos projetos mais empolgantes é o MAXXI: Museu Nacional das Artes do Século 21, em Roma. Uma coisa interessante sobre este projeto é que ele não é mais um objeto, mas sim uma progressão de espaços, o que implica que muitas funções diferentes podem ser associadas ao museu. Não é mais apenas um museu, mas um centro com muitas galerias e espaços que estão entrelaçados e superpostos uns sobre os outros. Com este projeto, nós estamos tramando uma densa textura de espaços interiores e exteriores. É uma mistura intrigante de galerias permanentes, temporárias e comerciais dentro do ambiente bastante urbano de Roma.

A sra. já idealizou projetos imensos e importantes. O que a fez se interessar em desenhar um sapato de plástico para a Melissa ou mesmo uma bolsa para a Louis Vuitton?

Nossa abordagem em relação à arquitetura, design de produto ou mesmo moda é bastante semelhante. Todos os projetos estão ligados. É possível dizer que os objetos de design são fragmentos do que poderia ocorrer em nossa arquitetura. A idéia para um prédio ou um objeto pode surgir igualmente rápido, mas há uma grande diferença no processo. O aspecto que traz satisfação no design de móveis e produtos é que o processo de produção entre a idéia e o resultado é muito mais rápido. A colaboração com a Melissa criou uma oportunidade única para continuar nossas explorações na moda. A tecnologia de ponta de injeção de plástico em molde da Melissa era ideal para a linguagem de design inteiriça que nosso escritório estava pesquisando nos últimos 30 anos. Este foi um projeto realmente prazeroso. Esperamos que as pessoas se divirtam tanto usando o sapato quanto tivemos desenhando.

A sra. já disse que a influência de Niemeyer em sua obra é forte. Qual dos projetos dele é o seu favorito?

Zaha Hadid - Eu me sinto muito afortunada por ter sido convidada à casa dele no Rio. A Casa das Canoas é uma obra-prima. Um dos princípios ao qual sempre nos mantemos fiéis em nosso escritório é trabalhar para inserir um prédio em seu contexto, por meio de uma série de relacionamentos articulados que são desenhados a partir dos elementos do ambiente ao redor. É um desafio escolher um projeto favorito. Eu realmente admiro todas as casas dele, a Igreja de São Francisco, na Pampulha, e o Ministério da Educação e Saúde. E, é claro, sua obra em Brasília.
Divulgação

Seu trabalho é definido como orgânico, desconstrutivista e com um toque de sensualidade. A sra. busca características semelhantes nas roupas que veste?

Eu realmente não visto roupas "tradicionais" há muitos anos. Meu estilo de moda é "experimental", semelhante ao estilo da minha arquitetura.

Quais são seus estilistas favoritos?

Eu sempre apreciei estilistas que ousam brincar com o material e as proporções. Eu sigo com interesse estilistas japoneses como Issey Miyake, Yohji Yamamoto e a grife Comme des Garçons. Eu gosto de descobrir novos talentos, aqui em Londres há abundância de jovens estilistas.

Para que contribuem as roupas, em sua opinião? E a arquitetura? Onde moda e arquitetura se encontram (elas se encontram?)?

Estes projetos de colaboração com a moda fornecem uma oportunidade para expressar nossas idéias em uma escala diferente e por um meio diferente. Nós a vemos como parte de um processo contínuo de investigação do design. Nós estamos explorando o potencial de uma nova linguagem de design e arquitetura - incorporando uma sensibilidade escultural onde o ritmo das dobras, nichos, rebaixamentos e saliências siga uma lógica formal coerente. Em nossos designs, nós criamos uma topologia tecida de diferentes camadas, permitindo espaços híbridos fluídos.

Fonte: Uol

3 de dezembro de 2011

Stickerrrrrrrs!

Ao repaginar a sua casa ou o escritório, existe uma maneira muito boa para dispensar todo aquele trabalho com mão-de-obra, tintas e custos altos. Os adesivos decorativos permitem que você mesmo aplique-o e dê um toque pessoal a qualquer ambiente.

Os stickers, ou "adesivos de parede" personalizam o ambientes. São feitos de vinil auto-adesivo com a impressão de vários desenhos. Sua colocação é simples, e nos permite criar ambientes diferenciados. Inconvenientes ao retirar o adesivo, como por exemplo, deixar a superfície danificada ou sobrar restos de cola sobre a superfície, podem ser facilmente evitados ao seguir instruções como: Tinta acrílica brilhante ou semi-brilhante é a pintura adequada da superfície que receberá o sticker.

A durabilidade do adesivo depende muito da marca e do material utilizado para faze-lo. Em geral, se bem cuidado pode durar até 5 anos, e claro, depois de retirado não pode mais ser utilizado. Exposição ao sol e chuva, limpeza incorreta do sticker com materiais abrasivos, base de fixação com porosidade, a textura e irregularidade da parede fazem com que o sticker se solte mais facilmente. O indicado para a limpeza do adesivo é somente um pano úmido e não usar alcool de maneira alguma sobre ele.

Dicas:
Nos banheiros com maior uso utilize adesivos menores, pois a umidade reduz seu tempo de validade;
Os adesivos de parede podem ser aplicados em: Paredes lisas; Vidros; Madeira (lisa); Fórmica; Piso; Metal; Geladeiras;
Em lavabos é possível utilizar adesivos maiores;


Geralmente os adesivos podem ser aplicados facilmente por qualquer pessoa. Apenas os adesivos maiores poderão exigir uma mão-de-obra especializada. O adesivo deve ser aplicado sobre superfície lisa, para que o acabamento final seja adequado; Para que a aderência seja perfeita a superfície deve ser limpa e não deve restar quaisquer resíduos; O ideal é que sejam colados sobre tinta acrílica brilhante ou semi-brilhante (pintada há no mínimo 72 horas).

Enjoou do adesivo? Quero tirar agora!

Ligue o secador de cabelos no quente e direcione sobre o adesivo. Puxe suavemente e rente à parede;
Evite o uso de instrumentos pontiagudos, utilize-os apenas para soltar as pontas;
Sobre madeira, fórmica e vidro é possível usar água e sabão para retirar os resíduos.
Pode ser também colocado sobre o adesivo um pano e em seguida passar um ferro aquecido por cima deste mesmo pano, assim o material irá ceder e poderá ser retirado.


É que nem tatuagem de chiclete!

1 de dezembro de 2011

Habitat 67 feelings

Em Qinhuangdao, na China, o projeto do escritório do arquiteto Moshe Safdie para um conjunto habitacional com aproximadamente 2.400 apartamentos está encaminhado com a finalização da obra prevista para 2014 pela construtora Kerry Properties.

O conjunto habitacional é uma releitura do projeto "Habitat 67", desenvolvido no Canadá, que consiste em várias unidades habitacionais empilhadas umas sobre as outras. O projeto atual consiste em edifícios em forma de "L" dispondo de 30 andares, que aparentam estarem empilhados. Todas as fachadas de todos os edifícios serão de vidro com partes em concreto branco. Em torno de 40% das unidades terão varandas abertas.







Com tal distribuição, haverão vãos nos edifícios que serão ocupados por piscinas e parques suspensos. Entre os edifícios, passarelas devem possibilitar o tráfego entre os edifícios. Tambem estão previstas casas no nível térreo, todas com ecotelhados (ou telhados verdes) - uma espécie de jardim suspenso, também conhecido como telhado verde. Esse tipo de cobertura vegetal pode ser instalada tanto em cobertura de prédios (na laje) ou sobre telhados convencionais mais inclinados, como o de telha cerâmica, fibrocimento, dentre outros - à frente dos edifícios principais. O arquiteto destaca o fato de que o projeto não bloqueia a vista para o mar e por isso teve aceitação mais fácil entre as autoridades japonesas.

Até chegar ao projeto final, o escritório de arquitetura realizou mais outras quatro releituras do Habitat 67, sempre levando em consideração a necessidade de muitas unidades habitacionais em um espaço pequeno, mas que fossem dispostas de modo harmônico.

O Habitat 67 foi construído com o propósito de servir como residência permanente, refletindo a imagem de uma sociedade moderna dentro dos seus 26 modelos de apartamentos da autoria do arquiteto Moshe Safdie.


O edifício consiste basicamente em blocos em concreto pré-moldado, empilhados uns sobre os outros até uma altura de 12 andares, e cada "caixa" é um paralelepípedo de dimensões de 5,3 x 11 x 3 metros, pesando de 70 a 90 toneladas. Das 354 caixas utilizadas, resultam 158 apartamentos dispostos em zigue-zague, de maneira a garantir para cada apartamento um jardim privativo na cobertura do apartamento logo abaixo. Tais caixas estão dispostas como em degraus à oeste, as aberturas são voltadas para o leste. É aí onde os estacionamentos, os elementos de transporte vertical (elevadores e escadarias); corredores aéreos de 4,5 m de largura com cobertura plástica, halls, e um total de 4 000 m² de área de recreação.

Planos posteriores prevêem a instalação de serviços para o público e áreas de comércio no leste. O objetivo geral do plano é prover uma vida urbana de alta densidade com ar fresco garantido, luminosidade, verde e privacidade, combinando as virtudes da produção em massa com a individualidade.

30 de novembro de 2011

Rio Xingu ou Hidrelétrica

A instalação de uma usina hidrelétrica em uma região é um estrago e tanto. Na área que recebe o reservatório da hidrelétrica, a natureza se transforma: o clima muda, espécies de peixes desaparecem, animais fogem para refúgios secos, árvores viram madeira podre debaixo da inundação... E isso fora o impacto social: milhares de pessoas deixam suas casas e têm de recomeçar sua vida do zero num outro lugar.


O Rio Xingu é um rio brasileiro - afluente do grande Rio Amazonas - tem sua nascente no estado de Mato Grosso e segue pelo estado do Pará até desaguar próximo à foz do rio Amazonas.O rio possui aproximadamente 1870 km de extensão e, dentro da região de cabeceira é encontrado o Parque Indígena do Xingu, que tem como responsável pela sua subsitência o Rio Xingu, sendo a principal fonte de água e alimentos para uma população de cerca de 5.000 índios que habitam o parque, que são constantemente ameaçado pela expansão da fronteira agrícola e pela construção de uma Usina Hidrelétrica na região.

A polêmica em torno da construção da Usina de Belo Monte na Bacia do Rio Xingu, já dura mais de 20 anos. Entre muitas revira-voltas, a hidrelétrica de Belo Monte, hoje considerada a maior obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, e vem sendo alvo de intensos debates na região, desde 2009, quando foi apresentado o novo Estudo de Impacto Ambiental (EIA) intensificando-se a partir de fevereiro de 2010, quando o MMA concedeu a licença ambiental prévia para sua construção. Desde então, os movimentos sociais e as lideranças indígenas da região são contrários à obra pois consideram que os impactos socioambientais não foram suficientemente dimensionados pelo EIA. Em setembro de 2009, foram realizadas várias audiências públicas que apontaram sérios problemas na forma de realização da obra. Em outubro do ano de 2009 um grupo de especialistas questionou o EIA sobre os estudos e a viabilidade do empreendimento. E no mesmo mês, a Funai liberou a obra da Usina sem saber exatamente que impactos causaria sobre os índios, então as lideranças indígenas Kayapó enviaram carta ao Presidente Lula na qual dizia que uma guerra seria travada caso a obra fosse realmente iniciada. E para fechar com chave de ouro esse grande absurdo, em fevereiro de 2010, o Ministério do Meio Ambiente concedeu a licença ambiental, também sem esclarecer questões centrais em relação aos impactos socioambientais.

Veja um breve resumo da história dessa polêmica que se iniciou em fevereiro de 1989, em Altamira, no Pará, com a realização do I Encontro dos Povos Indígenas no Xingu.

Realizado entre 20 e 25 de fevereiro de 1989, em Altamira (PA), o I Encontro dos Povos Indígenas do Xingu, reuniu três mil pessoas - 650 eram índios - que bradaram ao Brasil e ao mundo seu descontentamento com a política de construção de barragens no Rio Xingu. A primeira, de um complexo de cinco hidrelétricas planejadas pela Eletronorte, seria Kararaô, mais tarde rebatizada Belo Monte. De acordo com o cacique Paulinho Paiakan, líder kaiapó e organizador do evento ao lado de outras lideranças como Raoni, Ailton Krenak e Marcos Terena, a manifestação pretendia colocar um ponto final às decisões tomadas na Amazônia sem a participação dos índios. Tratava-se de um protesto claro contra a construção de hidrelétricas na região.

Na memória dos brasileiros, o encontro ficou marcado pelo gesto de advertência da índia kaiapó Tuíra, que tocou com a lâmina de seu facão o rosto do então diretor da Eletronorte, José Antônio Muniz Lopes, aliás presidente da estatal durante o governo FHC. O gesto forte de Tuíra foi registrado pelas câmaras e ganhou o mundo em fotos estampadas nos principais jornais brasileiros e estrangeiros. Ocorrido pouco mais de dois meses após o assassinato do líder seringueiro Chico Mendes, em Xapuri (AC), que teve repercussão internacional, o encontro de Altamira adquiriu notoriedade inesperada, atraindo não apenas o movimento social e ambientalista, como a mídia nacional e estrangeira.


O I Encontro dos Povos Indígenas foi o resultado de um longo processo de preparação iniciado um ano antes, em janeiro de 1988, (veja o item Histórico) depois que o pesquisador Darrel Posey, do Museu Emílio Goeldi do Pará, e os índios kaiapó Paulinho Paiakan e Kuben-I participaram de seminário na Universidade da Flórida, no qual denunciaram que o Banco Mundial (BIRD) liberara financiamentos para construir um complexo de hidrelétricas no Rio Xingu sem consultar os índios. Convidados por ambientalistas norte-americanos a repetir o depoimento em Washington lá foram eles. E, por causa disso, Paiakan e Kube-I acabaram enquadrados pelas autoridades brasileiras, de forma patética, na Lei dos Estrangeiros e, por isso, ameaçados de serem expulsos do país. O Programa Povos Indígenas no Brasil, do Centro Ecumênico de Documentação e Informação (Cedi), uma das organizações que deu origem ao Instituto Socioambiental (ISA), convidou Paiakan a vir a São Paulo, denunciou o fato e mobilizou a opinião pública contra essa arbitrariedade.

Para avançar na discussão sobre a construção de hidrelétricas, lideranças kaiapó reuniram-se na aldeia Gorotire em meados de 1988 e decidiram pedir explicações oficiais sobre o projeto hidrelétrico no Xingu, formulando um convite às autoridades brasileiras para participar de um encontro a ser realizado em Altamira (PA). A pedido de Paiakan, o antropólogo Beto Ricardo e o cinegrafista Murilo Santos, do Cedi, participaram da reunião, assessorando os kaiapó na formalização, documentação e encaminhamento do convite às autoridades. Na seqüência, uniram-se aos kaiapó na preparação do evento. O encontro finalmente aconteceu e o Cedi, com uma equipe de 20 integrantes, reforçou sua participação naquele que seria, mais tarde, considerado um marco do socioambientalismo no Brasil. Ao longo desses anos, o Cedi, e depois o ISA, acompanharam os passos do governo e da Eletronorte na questão de Belo Monte, alertas para os impactos que provocaria sobre as populações indígenas, ribeirinhas e todo o ecossistema da região.

Listada no governo FHC como uma das muitas obras estratégicas do programa Avança Brasil, a construção do complexo de hidrelétricas no Rio Xingu faz parte da herança legada ao governo Lula, eleito em novembro de 2002. Herança que era bem conhecida. Tanto assim, que o caderno temático O Lugar da Amazônia no Desenvolvimento do Brasil, parte do Programa do Governo do presidente eleito, alertava: “Dois projetos vêm sendo objeto de intensos debates: a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, e o de Gás de Urucu, no Amazonas. Além desses também preocupam as 18 barragens propostas na Bacia do Rio Araguaia e Tocantins. A matriz energética brasileira, que se apóia basicamente na hidroeletricidade, com megaobras de represamento de rios, tem afetado a Bacia Amazônica. Considerando as especificidades da Amazônia, o conhecimento fragmentado e insuficiente que se acumulou sobre as diversas formas de reação da natureza em relação ao represamento em suas bacias, não é recomendável a reprodução cega da receita de barragens que vem sendo colocada em prática pela Eletronorte.

O Projeto

A Usina Hidrelétrica de Belo Monte é um projeto de uma central hidrelétrica a ser construída no Pará, mais específicamente, no Rio Xingu nas proximidades da cidade de Altamira com seu custo é estimado em R$ 19 bilhões. O projeto prevê a construção de uma barragem principal no Rio Xingu que formaria o reservatório, há apenas 45 km abaixo da cidade de Altamira - Sítio Pimental. A área total do reservatório será de 510 km2, repatidos entre os municípios de Brasil Novo com 0,5 km², Vitória do Xingu com 250² e Altamira com 267 km². A área a ser expandida é apenas uma porcentagem desse total, pois este inclui a calha atual do Rio Xingu.

O esquema é o seguinte: Deste reservatório principal, a água será desviada por um canal de derivação para um reservatório intermediário que seria localizado a 50 km de Altamira na área cercada pela Grande Volta do Xingu. O trecho de cerca de 100 km do Rio Xingu entre o Reservatório do Xingu e a casa de força principal, terá a vazão reduzida em decorrência do desvio pelo canal. Foi estabelecido um hidrograma para a operação da barragem que garante a este trecho de vazão reduzida um nível mínimo da água, variável ao longo do ano, a fim de assegurar a navegabilidade do rio e condições satisfatórias para a vida aquática. Serão construídas duas casas de força, uma principal e uma complementar. A primeira seria construída no Sítio Belo Monte e terá potência instalada de 11 mil MW. A complementar seria construída junto à barragem principal com potência instalada de 233,1 MW.

Sua potência instalada seria de 11.233 MW; mas, por operar com reservatório muito reduzido, deveria produzir cerca de 4.500 MW (39,5 TWh por ano) em média ao longo do ano. Esta produção seria suficiente para abastecer toda a Região Metropolitana de São Paulo (26 milhões de pessoas). Em potência instalada, a usina de Belo Monte seria a terceira maior hidrelétrica do mundo, atrás apenas da chinesa Três Gargantas com 20.300 MW e da paraguaia Itaipu com 14.000 MW; e seria a maior usina hidrelétrica inteiramente brasileira.




Prós e contas da Usina Hidrelétrica de Belo Monte

Prós: Desenvolvimento econômico do Brasil, geração de empregos, contribuição para o suprimento de energia renovável, isenta de emissões poluentes e gasosas. Com isso, o Brasil daria um passo para a segurança energética e atendimento de uma demanda crescente de energia elétrica permitindo uma produção renovável a baixo custo, menor do que outras alternativas.

Contras: Impactos ecológicos e sociológicos sobre as populações indígenas e ribeirinhas próximas ao local; aumento da população e da ocupação desordenada do solo; mudanças na paisagem, causadas pela instalação da infra-estrutura de apoio e das obras principais; perda de vegetação e de ambientes naturais com mudanças na fauna, causada pela instalação da infra-estrutura de apoio e obras principais; mudanças no escoamento e na qualidade da água nos igarapés do trecho do reservatório dos canais, com mudanças nos peixes; danos ao patrimônio arqueológico; mudanças nas espécies de peixes e no tipo de pesca, causada pela formação dos reservatórios; mudanças nas condições de navegação, causada pela formação dos reservatórios; interrupção da navegação no trecho de vazão reduzida nos períodos de seca; perda de ambientes para reprodução, alimentação e abrigo de peixes e outros animais no trecho de vazão reduzida.


22 de novembro de 2011

2014?

Como todos sabem, o Brasil será o país anfitrião da Copa do Mundo de Futebol de 2014. O comunicado foi feito durante reunião do comitê executivo da Fifa em Zurique, na Suíça, na qual estavam presente o ex-presidente Lula, o ex-técnico da seleção brasileira, Dunga, e o ex-jogador Romário. Essa será a segunda Copa realizada nos gramados do país - a única, até então, realizada em 1950, onde o time brasileiro foi derrotado na final para o Uruguai e fez o Maracanã silencioso.


Por que o Brasil?

A escolha do Brasil deve-se a uma mudança no regulamento da Fifa, onde foi decidido que seria estabelecido um rodízio entre os continentes que serão anfitriões do campeonato, a disputa ficou entre o Brasil e a Colômbia. Em abril de 2007, alegando que não conseguiriam cumprir todas as exigências da Fifa para a realização de uma Copa do Mundo, os colombianos retiraram a candidatura. O Brasil se tornou candidato único, mas um dia antes do anúncio do país-sede para 2014 a Fifa também divulgou o fim do rodízio de continentes, para evitar as candidaturas únicas.


A Fifa mostrou que continua preocupada com a lentidão dos preparativos do Brasil para a Copa do Mundo de 2014 ao declarar que os dirigentes parecem ter investido mais energia para que o País fosse escolhido a sede do torneio do que para organizá-lo. “Nós não temos estádios, não temos aeroportos”, disse o secretário-geral Jerome Valcke, em um fórum sobre o futebol em Moscou. Ele acrescentou que parecia cada vez mais provável que algumas instalações, incluindo o estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, só deverão ficar prontos apenas algumas semanas antes do início da Copa do Mundo. “O Maracanã atualmente ainda não é um estádio de Copa do Mundo”, disse Valcke, acrescentando que no Brasil “A questão principal não é organizar a Copa do Mundo, mas ganhar a Copa do Mundo”.

Fonte: Revista VEJA


De qualquer modo, a preocupação dos brasileiros, não sendo necessariamente a preocupação dos políticos brasileiros, é a preparação do Brasil para acolher tanta gente! Esse site permite que as obras e as negociações feitas nessa "corrida contra o tempo" sejam acompanhadas.

16 de novembro de 2011

Mobília comida


Sem bruxa.
O que motiva eses designers é a inovação (ou gula?). O uso das formas de sobremesas como mobília vem virando uma febre.

O brilhante designer italiano Matteo Bianchi transformou nossas guloseimas em objetos decorativos.


O designer francês Maxime Pécourt reproduziu um biscoito como uma almofada e um puff de sanduba.





Falta a cama de misto-quente e o tapete de pizza!


8 de novembro de 2011

Fórum des Halles e sua reforma

Essa reforma, sem falar que já era para ter sido encerrada há mais de um mês, parece não estar nem perto do fim (Como se não houvesse isso no Brasil).

Imortalizado por Zola no livro Le Ventre de Paris, o Halles, antes de ser um imenso centro comercial e de lazer com arquitetura, era um dos mais antigos mercados da cidade luz. Esse antigo mercado ocupava alguns quarteirões do 1º arrodissement (no centro) de Paris. Os prédios do mercado, construídos em vidro e aço, foram um marco da modernidade naquela época na cidade. Dividido em grandes alas temáticas, os prédios abrigavam as ala de vinhos, de trigo, de tecidos, de carnes e etc, nas proximidades da Igreja medieval de Saint-Eustaque e do Louvre.

A história é a seguinte: No século dezenove, mais precisamente no ano de 1845, o arquiteto francês conhecido por Horeu, elaborou um audacioso projeto arquitetônico, chamado “Mercado de Les Halles" em Paris. A construção do mercado francês ficou a cargo do arquiteto Victor Félix Baltard Callot, as obras iniciaram-se em 1851 a construir uma estrutura de aço e vidro para abrigar o mercado onde comerciantes de todas as partes vinham vender suas mercadorias; porém, não teve o resultado previsto, foi muito criticado e foi demolido em seguida. Portanto, foi elaborado um novo projeto, constituído de dois grupos de dez pavilhões interligados por passagens cobertas, que foi demolido em 1971, quando o Halles foi esvaziado e demolido e, então, transformou-se em imenso buraco ("le trou des Halles") com a construção do metrô. Les Halles tem a função importante de conexão sul, leste e oeste do sistema de Metrô e Trem (RER) em Paris – um imenso hub subterrâneo, considerado o maior do mundo - Estação Châtelet-Les-Halles. Depois disso tudo, foi realizado um concurso internacional para revitalizar a área que meteu todo mundo na escolha do melhor projeto para intervir, o resultado: Foi escolhido um projeto super barato e o mais conservador do arquiteto David Mangin, que criou uma área central aberta em nível inferior da rua (vários pisos abaixo), como um fosso, que contem um grande shopping center integrado a uma estação de metrô com muitas poucas interferências na área antiga já existente. Várias atividades culturais acontecem no espaço, repleto de esculturas, fontes e parques.

Depois, em 2007, foi escolhido um novo projeto, para revitalização e renovação da antiga área tradicional de mercado em Paris do Forum (Patrick Berger e Jacques Anziutti), La Canopée (da copa) que consiste de um espaço verde junto a um translúcido toldo que cobre as entradas subterrâneas.





Em 1969, o mercado é removido para Rungis fora do centro de Paris. No final da década de 70, os antigos prédios do mercado foram demolidos e passaram a funcionar no local:

- A maior estação de metrô da cidade (Chatelet – Les Halles) : Detesto, muito grande, me perco.
- O maior shopping center de Paris, com 21 salas de cinema : Todo subterrâneo
- As piscinas públicas mais frequentadas da cidade : Cobertas, super confortável nos dias de frio
- Um jardim de de mais de quatro hectares.




O problema com as críticas ao projeto arquitetônico e o fator de o local ter se tornado uma área perigosa com prostituição e gangues está sendo amenizado, após três décadas de um triste destino, começou no início de 2011 uma grande reforma do local.

7 de novembro de 2011

Fortificação de Thiers

Muita gente que não mora na França, não conhece a história e nunca ouviu falar sobre o Muro de Thiers ou Recindo de Thiers (Mur de Thiers ou Enceinte de Thiers). Na minha école, a história do Muro e o seu entorno atualmente é um assunto muito corrente na disciplina de projeto, principalmente o estudo dos impactos causados por esse muro.

Para quem não sabe, a cidade de Paris já teve alguns limites (fortificações) que foram abrangidos ao decorrer do tempo, o último desses limites, o mais externo, foi chamado de Mur de Thiers, uma espécie de muralha que cercou Paris, um recinto construído entre 1841 e 1844 sob uma lei promulgada pelo governo do primeiro-ministro francês, Adolphe Thiers que tomou quase 7.802 hectares ao longo da Boulevards de Maréchaux e Boulevard Périphérique, para proteger Paris, temendo a passada Batalha de Paris de 1814.



A muralha tinha 33 km (21 milhas) Caixa de comprimento, coloquialmente conhecido como "a fortaleza", consistiu de 94 baluartes, 17 portas (francês: "portes", cruzamentos principais), 23 cruzamentos menores (em francês "barrières"), oito pontos de passagem de trem, cinco pontos de passagem de rios ou canais e oito poternas. Os únicos restos existentes são os Peupliers Poterne des ("postigo dos choupos") entre a Porte de Gentilly e Porte d'Italie perto de onde os Bievres entraram em Paris, número um "baluarte" no meio do Porte de Bercy, bastião número 45 no Porte de Clichy, uma parede na Porte de la Villette, parte na Porte d'Arcueil e várias outras pequenas partes.

Tendo-se tornado inútil devido aos avanços na tecnologia militar, as fortificações foram destruídas a partir de 1919. Sua localização se tornou terrenos baldios, muitas vezes referida como a "zona". Foi progressivamente revitalizado a partir de 1930 pela construção de residências para os pobres e instalações desportivas. A forma das fortalezas antigas são marcadas em vários locais na topologia de estradas para esta área.

A "zona" não era existia no local anteriormente ocupado pela parede, mas em uma faixa de terra onde não era permitida a construção em frente à parede, um fosso e um declive que mede 250 metros de diâmetro. Foi designado como uma área onde a construção não foi autorizada e foi ocupada por favelas no fim do século XIX, com o abandono de sua função militar.



Texto da apresentação falando um pouco sobre a "Zone":

La zone a été une partie autour des murs de Thiers, les fortifs. Ces murs ont eu un rôle stratégique de protection militaire de la ville de Paris. La zone était un espace de 250 mètres de largeur à partir de l'extérieur des fortifications, une zone "non-aedificandi" ou non constructible, qui avait, avant la construction des murs de Thiers, des arbres et des hameaux qu'étions retirés du site pour la protection de la ville. Beaucoup d'ans avant que les murs étions cassés, lorsque le rôle de protection que les murs avaient a été perdu, la zone a vu ses terrains être occupés en raison de l'occupation prussienne à Paris et aussi de grands travaux qui ont été faits à cause du second Empire et en raison de la révolution industrielle, environ 1871. Ce contexte était de spéculation immobilier et d'exode rural, avec la transformation des paysans en prolétariat urbain. La zone a été occupée par une population pauvre, qui a été appelé, d'une manière péjorative, des "zonards". Ces gens ont fait des bidonvilles dans la zone, avec des maisons qu'étions souvent des habitations précaires et insalubres faites à partir des matériaux récupérés. Ces bidonvilles n'avaient aucune infrastructure, sans électricité, ni eau, ni toilettes. Les zoniers ont fait partie de la vie économique parisienne, avec beaucoup de chiffonniers, qui n'ont pas seulement utilisé les matériaux pour la vente, mais aussi pour leurs maisons, en construisant des maisonnettes faites de planches, carreaux de plâtre etc. La zone a eu aussi un rôle d'espace de loisirs, elle a donnée espace pour les gens pique-niquer, se promener, autant qu'elle était un espace mal vue à cause de ses mauvaises conditions d'habitation. L'occupation de la zone s'a développée pendant encore beaucoup de temps, en arrivant au début du 20e siècle avec 30 mille personnes environ. Un peu près de cette époque là le numéro des personnes dans la zone a commencé à tomber, principalement dans les bidonvilles, car ils ont réaménagé les personnes plus pauvres pour autres zones plus loin de Paris, en disant comme raison l'insalubrité des maisonnettes. Pendant ces temps il a eu beaucoup d'expropriations, quelques n'ont pas eu même une indemnisation. Après, avec la première guerre mondiale et la crise du logement, des familles y sont allées à des HBM dans les boulevards des Maréchaux, sur l'emplacement de l'ancienne enceinte. A partir de 1943 beaucoup d'autres ont été expulsé à cause du projet du boulevard périphérique et, enfin, aux années 50, le numéro des habitants de la zone en conditions précaires est devenu vraiment très petit, avec quelques proches de ses limites. Aujourd'hui on peut encore voir quelques restes des caractéristiques de la zone dans le paysage d'où elle a été situé, environ le terrain où on voit aujourd'hui le boulevard périphérique de Paris.


13 de outubro de 2011

Aecom Architecture e o Parque Olímpico do RJ em 2016

O projeto foi selecionado em uma competição internacional promovida pela prefeitura com a colaboração do IAB/RJ e da União Internacional de Arquitetos (UIA). A proposta urbanística do Parque Olímpico para os Jogos no Rio de Janeiro, em 2016, será desenvolvida pelo escritório Aecom Architecture, from London (que ganhou 100 mil reais de prêmio), com unidades e projetos em várias partes do mundo. Na segunda posição ficou o norte-americano Ron Turner (50 mil reais) e em terceiro, Tomás Antonio Fernandes Salgado de Portugal (25 mil reais).


Na ata da competição, a comissão julgadora avaliou que os acessos para leste e oeste foram bem resolvidos, destacando ainda a entrada separada de público e de atletas em cada equipamento mediante a adoção de uma via exclusiva que também alimenta os estacionamentos.

“A esplanada pública oferece espaço adequado para multidões e dá-lhe uma vivência intensa e uma visão quase total do parque”, observaram os jurados. Eles também elogiaram a engenhosa solução para a transformação das quatro quadras quando da instalação do Comitê Olímpico Internacional. Para Hanway, o Parque Olímpico do Rio de Janeiro proporcionará desenvolvimento urbano de padrão internacional, não só promovendo o melhor em design, tecnologia e cultura, mas também satisfazendo as demandas urgentes e vitais de seus moradores, empresas e meio ambiente.

Para o arquiteto carioca Daniel Gusmão, que faz parte da equipe vencedora, um dos principais méritos da proposta é a valorização do terreno na Barra da Tijuca, sobretudo pela manutenção da paisagem da orla e acolhimento dos pedestres
.

A setorização, detalha Gusmão, procurou aproximar os edifícios esportivos dos residenciais, segundo ele para evitar que aconteça no Rio o que houve em Atenas depois dos Jogos Olímpicos de 2004: na capital grega, a área das competições teria ficado marginalizada. “Nossa proposta é um parque olímpico de padrão internacional, abrangendo estruturas permanentes e temporárias sobre as quais uma nova rede de ruas e praças da futura cidade irá se assentar”, discorreu Hanway.

“Lançando mão de nossa experiência, queremos assegurar que o investimento e a energia focada na Barra promovam o maior benefício possível a longo prazo”, completou.

21 de setembro de 2011

à Paris

Impossível chegar em Paris e não encher a câmera de fotos!

Minha mãe estava me cobrando muito as fotos que eu havia tirado até agora aqui, e como eram muitas fotos, fiz um videozinho básico com algumas delas para marcar esse pré-outono maravilhoso e chuvoso. Quem assistiu Midnight in Paris, concorda comigo: Paris realmente é muito mais bonita na chuva!





Para terminar, a famosa frase parisiense:
Bon chic, bon genre!


Uma Paris não-superficial

A cidade que mais recebe turistas. A capital de maior potência política européia. O epicentro do iluminismo.

A cidade é um palco de arquitetura, moda e gastronomia. Culturalmente rica, transbordando história. Em Paris, ninguem está a mais de 500m de uma estação de metrô ou de uma patisserie. Lixo na rua, praticamente não existe. Pessoas ocupando espaços públicos, o que não deixa lugar para a marginalização.

Paris é muito mais que a torre eiffel.

Não há muito o que falar sobre Paris que as pessoas ainda não saibam. Tem mais gente do que lugar para elas passarem a noite. Ninguem fica em casa, todos estão passeando pelas ruas ou sentados num café. E perceptivelmente, a fiação elétrica e telefônica é totalmente subterrânea, por onde se extende-se o metrô, o que a deixa mais bonita e permite a apreciação da arquitetura da cidade.

Em Paris, os subterrâneos revelam mais do que apenas linhas de metrô. Além do metrô de Paris ser um dos mais antigos do mundo, a capital da França, abriga uma rede de catacumbas medindo mais ou menos 2km de extensão e 20m de profunidade, toda construída a partir de 1785 com o processo de higienização da cidade. Essas catacumbas (hoje em dia, usadas para rede de esgoto), são muito procuradas por turistas.



O surpreendente é a riqueza, os instrumentos de saneamento, painéis ilustrativos que contam como foi o processo de desenvolvimento da cidade baseada no abastecimento de água e no crescimento da rede subterrânea que tambem serviu de refúgio de famílias francesa na Gerra. Isso alguem sabia? No livro “Les Misérables” (Os miseráveis), a famosa obra do escritor francês Victor Hugo, onde ele colocou o seu personagem principal, Jean Valjean, - preso foragido, duplamente condenado, caçado implacavelmente pelo inspetor de polícia Javert, após cometer o crime de quebrar uma vidraça para roubar um pão para poder de alimentar os seus irmãos -, para fazer uma fuga espetacular por meio da rede de esgotos da cidade de Paris, fala sobre essa incrível estrutura subterrânea . E o Ratatouille tambem se meteu no esgoto muitos anos depois!



Journées Européennes du Patrimoine 2011

Em Paris, os monumentos e edifícios notáveis abriram as portas dia 17 e 18 de setembro, com passeios, exposições e oficinas de escrita! O nome do evento é Journées Européennes du Patrimoine, nesse ano foi o 28 ème.

Ano que vem tem de novo, pra quem pretende ter um conhecimento aprofundado, essa é uma boa época de fazer um tour por aqui.

Alguns dos edifícios abertos ao público durante esses dois dias:

Villa Noailles, Tour des Templiers, collégiale Saint-Paul, église Paroissiale Saint-Louis,Forum du Casino, Archives municipales, Notre Dame-de-Consolation, église anglicane, école Michelet, école Anatole France, médiathèque, site archéologique d’Olbia, temple protestant, le musée, la médiathèque, Les vieux salins, le salin des Pesquiers et les Borrels (mairie, école et chapelle) Porquerolles : sémaphore, batterie du Lequin, fort du grand Langoustier, fort de la Repentance, fort Sainte-Agathe et le Moulin du Bonheur. Port-Cros : fort de l’Estissac.

Clique aqui para mais informações




Vale a pena ver de novo.

20 de setembro de 2011

Dica! Dica!

O livro "A Arquitetura da Felicidade" é bem mais profundo do que parece ser, pode ser pelo fato de o autor, Alain de Botton, tratar-se de um filósofo, não de um arquiteto. Ganhei esse livro do meu pai, e demorei mais ou menos uma semana lendo; quando acabei de ler não conseguia parar de pensar no fato das pessoas serem tão influenciadas pela arquitetura à sua volta. A importância do ambiente é tratada com relevância no livro, que fala da relação dos lugares e as lembranças. Uma frase muito marcante no livro é "(...) O lar é o guardião da identidade de seus habitantes". Seguindo essa linha de raciocínio, o autor chega a conclusão de que quando apreciamos uma construção é porque a arquitetura reflete em nós nossos valores, "Cada obra de arquitetura expõe uma visão de felicidade". Todos os arquitetos e aspirantes à arquitetos deveriam dar uma conferida nele, vale a pena! Você vai perceber o mundo de outra forma.


31 de agosto de 2011

A importância do planejamento hoteleiro

Para o planejamento e desenvolvimento de empreendimentos hoteleiros, tem que haver um vasto conhecimento das etapas necessárias à implantação de um projeto hoteleiro e uma visão detalhada dos diversos tipos de hotel, explorando sempre diferentes pontos de vista: o do investidor, o do arquiteto, o da equipe técnica e o da operação hoteleira, considerando os aspectos mais importantes que influenciam a qualidade e o sucesso do empreendimento para atender às expectativas dos hóspedes.

Várias operações estão dentro do planejamento de um hotel, tais como a escolha de terrenos, o estudos de mercado, o estudos de viabilidade econômico-financeiros, definição de projeto, e estudo do caso real; para ser possível a análise do ciclo de vida do empreendimento (da viabilização à entrada em operação), o conceito de empreendimento hoteleiro e demais processos de planejamento, execução, controle (custos e comunicação), encerramento do empreendimento.

O Programa do hotel é fundamental para fincar as raízes do projeto, necessitando ser elaborado e estudado o quanto antes. As considerações gerais sobre aspectos mais importantes que influenciam a qualidade e o sucesso dos empreendimentos, a elaboração do programa detalhado e dimensionamento das áreas do hotel, definição das áreas administrativas, áreas de hospedagem, áreas sociais, áreas públicas, áreas de recreação, áreas de serviços e de equipamentos, as configurações do pavimento tipo, os tipos de apartamentos, suítes, serviços do andar, escadas, elevadores sociais e de serviços, recebimento, triagem, manutenção dos equipamentos, instalações, e não menos importante: aspectos de conforto (visual, acústico e térmico).

Há inúmeros tipos de hotéis: Hotéis Econômicos e Super-econômicos, Hotéis de Cidades, Hotéis de Eventos, Resorts, Hotéis Boutique, etc. O importante é suprir a necessidade hoteleira da cidade, considerando as proximidades. O que um hotel acarreta para a cidade? Mais turistas naquele local, consequentemente, mais capital, mais infraestrutura.

O hotel tem que ter acima de tudo, uma identidade, uma personalidade marcante, um estilo inovador que não deixe passar um sequer olhar despercebido sobre ele!

30 de agosto de 2011

Hotéis IV: Hotel Unique, o hotel-urbano

Uma referência na arquitetura moderna, de originalidade, e ainda, na posição de um dos mais famosos hotéis brasileiros, o Hotel Unique, em São Paulo, situado na Av. Brigadeiro Luiz Antonio, foi projetado por Ruy Ohtake e decorado por João Armentano. Sofisticado e muito conhecido principalmente pela sua volumetria em forma de meia-lua - um arco invertido suspenso revestido em cobre com quase 100 m de comprimento e com duas empenas laterais de concreto; janelas circulares (acentuada pelo revestimento em placas de cobre pré-oxidadas em três tons de verde); madeira, concreto, vidro e aço ainda participam da fachada - assemelhando-se a um barco (ou à metade de uma melancia - e as janelas são os caroços?). O hotel é composto de 6 pavimentos, e atualmente dispõe de 85 apartamentos e 10 suítes, e em seu terraço encontra-se o restaurante Skye, à ceu aberto e contornado de uma barreira de vidro, o que permite às pessoas apreciarem uma vista panorâmica de São Paulo city.


Cobertura: É lá que esta "O" restaurante, com a necessária leveza, obtida com detalhes de vidro e respectiva estrutura metálica, tem uma vista privilegiada para a cidade de São Paulo, principalmente para o Parque Ibirapuera

Apartamentos: O interior do edifício se encaixa com o desenho externo. Os corredores dos apartamentos são curvos, buscando a luz natural das grandes janelas circulares de 1,80 m de diâmetro. Os apartamentos localizados nas extremidades, tem uma característica "unique": o piso sobe em curva, resgatando o desenho da fachada, até encostar no forro.

Suite Executiva (Duplo)
Esta suite é maior do que as Suites Júnior e Superior. Possui um quarto e uma sala separada, ambos com um ecrã LCD.
Facilidades dos quartos: Ar Condicionado, Banheira, Banheira de Hidromassagem, Base de Ligação para iPod, Casa de Banho, Chinelos de quarto, Cofre, Duche, Leitor de CD, Leitor de DVD, Mini-bar, Piso em Madeira / Parquet, Produtos de Higiene Pessoal, Roupão de Banho, Secador de Cabelo, Secretária, Serviço de Despertar, Sofá, Telefone, Televisão de Ecrã Plano / Plasma / LCD, Televisão por Cabo, Vista (mar, jardim, local de interesse, etc.), WC, Área de Estar
Max. pessoas: 2
Tamanho da sala: 95 m²
Camas: 1x Grande cama de casal

Quarto Duplo Premium (Duplo)
Maior do que o Quarto Deluxe, dispõe de um toalheiro elétrico.
Facilidades dos quartos: Ar Condicionado, Banheira, Banheira de Hidromassagem, Base de Ligação para iPod, Casa de Banho, Chinelos de quarto, Cofre, Duche, Leitor de CD, Leitor de DVD, Mini-bar, Piso em Madeira / Parquet, Produtos de Higiene Pessoal, Roupão de Banho, Secador de Cabelo, Secretária, Serviço de Despertar, Telefone, Televisão de Ecrã Plano / Plasma / LCD, Televisão por Cabo, Vista (mar, jardim, local de interesse, etc.), WC
Max. pessoas: 2
Tamanho da sala: 40 m²
Camas: 1x Grande cama de casal

Quarto Duplo Deluxe (Duplo)
Maior do que o Quarto Standard, dispõe de um toalheiro elétrico.
Facilidades dos quartos: Ar Condicionado, Banheira, Banheira de Hidromassagem, Base de Ligação para iPod, Casa de Banho, Chinelos de quarto, Cofre, Duche, Leitor de CD, Leitor de DVD, Mini-bar, Piso em Madeira / Parquet, Produtos de Higiene Pessoal, Roupão de Banho, Secador de Cabelo, Secretária, Serviço de Despertar, Telefone, Televisão de Ecrã Plano / Plasma / LCD, Televisão por Cabo, Vista (mar, jardim, local de interesse, etc.), WC
Max. pessoas: 2
Tamanho da sala: 30 m²
Camas: 1x Grande cama de casal

Quarto Duplo Standard (Duplo)
Facilidades dos quartos: Ar Condicionado, Banheira, Banheira de Hidromassagem, Base de Ligação para iPod, Casa de Banho, Chinelos de quarto, Cofre, Duche, Leitor de CD, Leitor de DVD, Mini-bar, Piso em Madeira / Parquet, Produtos de Higiene Pessoal, Roupão de Banho, Secador de Cabelo, Secretária, Serviço de Despertar, Telefone, Televisão de Ecrã Plano / Plasma / LCD, Televisão por Cabo, Vista (mar, jardim, local de interesse, etc.), WC
Max. pessoas: 2
Tamanho da sala: 25 m²
Camas: 1x Grande cama de casal

Suite Superior (Duplo)
A suite superior possui dois quartos - um quarto de dormir e uma sala. Ambos estão equipados com um televisor LCD.
Facilidades dos quartos: Ar Condicionado, Banheira, Banheira de Hidromassagem, Base de Ligação para iPod, Casa de Banho, Chinelos de quarto, Cofre, Duche, Leitor de CD, Leitor de DVD, Mini-bar, Piso em Madeira / Parquet, Produtos de Higiene Pessoal, Roupão de Banho, Secador de Cabelo, Secretária, Serviço de Despertar, Sofá, Telefone, Televisão de Ecrã Plano / Plasma / LCD, Televisão por Cabo, Vista (mar, jardim, local de interesse, etc.), WC, Área de Estar
Max. pessoas: 2
Tamanho da sala: 85 m²
Camas: 1x Grande cama de casal

Suite Júnior (Duplo)
Ampla suite com sala separada e 2 ecrãs LCD.
Facilidades dos quartos: Ar Condicionado, Banheira, Banheira de Hidromassagem, Base de Ligação para iPod, Casa de Banho, Chinelos de quarto, Cofre, Duche, Leitor de CD, Leitor de DVD, Mini-bar, Piso em Madeira / Parquet, Produtos de Higiene Pessoal, Roupão de Banho, Secador de Cabelo, Secretária, Serviço de Despertar, Sofá, Telefone, Televisão de Ecrã Plano / Plasma / LCD, Televisão por Cabo, Vista (mar, jardim, local de interesse, etc.), WC, Área de Estar
Max. pessoas: 2
Tamanho da sala: 85 m²
Camas: 1x Grande cama de casal


Térreo: Com pé direito duplo e curvo, está a recepção, bar e área de apoio, onde foi projetada toda uma parede de vidro transparente meio esverdeado com muita suavidade, possibilitando uma integração entre o lobby do hotel e o exterior. O acesso do hotel é pelo grande espaço vazado da direita e o acesso ao Centro de Eventos é acessado pelo grande vazado do lado esquerdo. Estes vazados, começam com 25 m de altura e descem em curva e constituem um elemento marcante dessa característica urbana da obra.

Subsolo: O centro de eventos, constituído de salões modulados, totalizando área para 1.500 pessoas (no 1º subsolo). O edifício ainda conta com mai três subsolos para estacionamento e área de infra-estrutura do hotel.



Desde o início da sua construção em 2000, seu formato inusitado chamava olhares desconfiados dos que transitavam por perto, e a partir de setembro de 2002, o mistério revelou-se no Unique Hotel, mais um hotel design da série de hotéis dispostas no blog. O edifício reúne elementos que consagraram o arquiteto Ruy Ohtake como um dos expoentes da arquitetura brasileira.


22 de agosto de 2011

Casa do idoso

Aproveitando o post passado...

A casa ideal para uma pessoa idosa deve ser toda distribuída no térreo, para evitar o uso de escadas. Basicamente, para melhor mobilidade, a residência deve dispor de portas mais largas e esquadrias mais leves, pisos menos escorregadios, principalmente nas áreas externas e molhadas. O quarto do idoso deve estar localizado no térreo com acesso fácil ao banheiro. Alguns detalhes construtivos podem ser planejados, facilitando a rotina e priorizando a segurança e o conforto.

Estatísticas provam que aproximadamente 75% das lesões decorrentes de acidentes em pessoas de terceira idade acontecem em suas próprias casas, pouco preparadas para suas necessidades. Praticamente um terço das quedas gera fraturas de difícil, penosa e, muitas vezes, impossível recuperação.
Fonte: Casa Segura



No ambiente externo:
- Acesso sem barreiras;
- Piso áspero, com marcações do caminho;
- Porta com vão igual ou maior que 80 cm;
- Maçanetas tipo alavanca;
- Fechadura sobre a maçaneta; Trincos deslizantes;
- Evitar desníveis. Sendo impossível, fazer rampas, usar tapetes presos;


Na sala de estar e sala de jantar:
- Se o idoso tem dificuldade de visão, coloque lâmpadas mais fortes;
- Mantenha a circulação livre de obstáculos e prefira móveis com cantos arredondados;
- As poltronas e sofás devem ter por volta de 50cm de altura e com design que facilite sentar e levantar. Profundidade: 70 a 80 cm. Os assentos não devem ser muito macios;
- As cadeiras devem ter encosto alto e apoio lateral;
- Mesas de apoio devem ter altura média de 60 cm;
- Estantes devem ter prateleiras fixadas e fáceis de serem alcançadas;
- A mesa de jantar deve ter altura de 75cm e bordas arredondadas;
- Prefira não usar tapetes soltos e cadeiras sem braço;
- Tenha bom espaço para circulação em volta da mesa;
- Tenha interruptores de luz nas entradas e saídas dos ambientes;

Nas escadas e circulação:
- Corrimão – altura média de 80 cm, indo além do último degrau;
- Prefira escadas retas às curvas, que apresentam degraus estreitos nos cantos, o que pode causar acidentes, principalmente para idosos;
A altura ideal para os degraus é em torno de 15 cm;
- Use fita antiderrapante nos degraus - demarque e ilumine muito claramente o início e fim da escada;
- Sempre prefira rampas à escadas;
- As rampas devem ter um declive de 10% no máximo;
- Iluminação acionada no quarto para que a ida ao banheiro à noite seja mais segura;
- Não devem haver objetos ou móveis atrapalhando a circulação;
- Não devem ser usados tapetes soltos;
- Cuidados com fios elétricos no chão – podem causar acidentes;

No quartos:
- Colocar interruptor próximo a cama, para que o idoso não precise se levantar no escuro para acender a luz. Se possível, coloque um telefone perto da cama;
- As camas devem ser baixas (45 a 50 cm incluindo colchão) de forma que, ao levantar, seus pés toquem o chão.
- Elas devem ter cabeceira, permitindo encostar. Além disso, devem ser largas para dar maior segurança ao movimento dos idosos ao dormir;
- Chão do quarto em piso antiderrapante, sem tapetes ou objetos soltos;
- A Colcha ou o cobertor devem ser presos ao pé da cama, para evitar que o mesmo caia durante a noite;
- Acima dos 80 anos, evitar uso de mais que um travesseiro;
- Mesa de cabeceira: Altura de uns 10 cm acima da cama, com bordas arredondadas e fixada, evitando seu deslocamento;
- Deverá ser prevista uma poltrona com braços para auxiliar vestir meias e sapatos e depois facilitar o levantamento do idoso.
- Uma luminária fixa na mesa ou parede - Uma opção é utilizar arandelas próximas à cama para dispensar o uso de abajures e reduzir o número de objetos sobre a mesa de canto, tornando-a livre para copo de água, remédios e outros objetos úteis. Caso queria usar abajures, fixe-os na mesa;
- Armários com portas leves e cabideiros baixos;
- Gavetas com trava de segurança, prateleiras com luz interna ao abrir a porta; puxadores tipo alça;
- Janelas com abertura para dentro ou corrediças: Persianas são mais indicadas que cortinas (em questão de peso e acúmulo de pó). Opte por modelos que possuem sistema que facilita a abertura e o fechamento.
- Relógio digital com números grandes;
- Controle remoto de TV e ar condicionado.

No banheiro:
- Iluminação na entrada e chão antiderrapante;
- Barras de segurança no box, lavatório e vaso sanitário;
- Devido à dificuldade para abaixar e lavar o corpo,colocar um banco no box (alvenaria ou outro material, preferencialmente fixo);
- Barra de vaso com altura de 30 cm acima do tampo;
- Quando há dificuldade para levantar ou sentar, colocar adaptadores nos vasos sanitários para aumentar a altura do assento do vaso;
- O assento deve ter largura mínima de 45 cm e 46 cm do piso, além disso, podem ser colocados corrimãos e barras de apoio;
- Bancadas com altura entre 80 e 85 cm;
- A pia deve ter ralo protetor;
- Evite prateleiras de vidro e superfícies cortantes;
- Armários e estantes devem estar na altura da cintura ou peito;
- As tomadas e os interruptores devem estar no alto e em área seca;
- Acrescente Espelho iluminado, espelho de aumento;
- Recipientes para escovas, remédios, etc, em material resistente;
- No caso de idoso com problemas que afetem sua memória e nível de consciência, retire a tranca do banheiro e instale a porta abrindo para fora;
- Só colocar banheira se houver espaço também para box. A banheira deve ter barras de segurança;
- O ideal é que o box tenha espaço para 2 pessoas, para facilitar ajudar o idoso no banho;
- Box com largura mínima de 80 cm e desnível máximo de 1,5 cm em relação ao piso do banheiro;
- Acrescentar chuveirinho e ducha higiênica manual com altura de 45 cm do piso;
- Qualquer porta objeto deve ser fixo;
- O box deve ser fechado com material inquebrável e porta de correr ou, se não for possível, cortina plástica;
- Torneiras mono comando ou meia volta, alavanca oucélula fotoelétrica;
- Tapetes de borracha com ventosas e de boa qualidade; Porta toalha deve estar o mais próximo do box, com altura de mais ou menos 1,30m.


Na cozinha:
- Pia e bancada: Altura entre 85 e 90 cm;
- Torneiras de fácil manuseio (1/2 volta, alavanca ou monocomando);
- Armários não muito altos. Os objetos mais pesados devem ficar em prateleiras mais baixas e os mais usados em locais de mais fácil acesso;
- Gavetas com fácil abertura e trava de segurança;
- Evite prateleiras de vidro e superfícies cortantes;
- Armários e estantes devem estar na altura da cintura ou peito;
- Fogôes com botões na parte da frente e sistema que feche o gás automaticamente se a chama se apagar;
- Manter luvas térmicas e suportes para utensílios quentes à mão;
- Aquecedor deve estar fora da cozinha e se houver bujão de gás, fora de casa;
- As prateleiras devem permitir acesso sem necessidade de levantar muito os braços;
- Use o máximo de utensílios de plástico ou metal;
- Microondas devem ter fácil acesso e permanecerem desligados quando não usados;

Na área de serviço:
- O tanque e a tábua de passar devem ser adequados para uso na posição sentada (75 cm);
- As tomadas devem estar a 1 a 1,20 m do chão;
- Evitar escadas dobráveis;
- Os pisos devem ser antiderrapantes;

As cores são muito importantes para a decoração do ambiente, mas são ainda mais importantes para o cérebro humano. A percepção das cores estimula uma reação, ou seja, as pessoas respondem às cores. As cores estimulam determinadas sensações e podem mudar totalmente um ambiente, produzindo resultados mais visíveis que a troca de móveis.

Cores claras tornam o espaço mais iluminado
Cores fortes pontuais garantem vida e alegria estimulando os sentidos
Verde e azul são tranquilizantes
Laranja e amarelo são energizantes e ótimas para estimular o apetite
O branco em excesso pode estimular a tristeza