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9 de setembro de 2010

Versailles Pop

Marie Antoniette nem imaginaria que em 2010 sua humilde residência abrigaria uma exposição de arte pop japonesa inspirada em mangás e animes. O Castelo de Versailles, apartir de 14 de setembro até 12 de dezembro, vai ser apenas uma moldura para as 22 obras de Takashi Murakami espalhadas pelo château.


Para um japonês, incluindo eu mesmo, o Château de Versailles é um dos maiores símbolos da história ocidental. É o emblema de uma ambição de elegância, de sofisticação e de arte sobre o qual a maioria de nós só pode sonhar a respeito. Também compreendo que a faísca que deu início à revolução partiu diretamente do centro deste edifício Murakami












Vamos ver se os protestantes "Non aux Mangas: Contre les Expositions Dégradantes au Château de Versailles" deixam mesmo essa exposição acontecer!

7 de setembro de 2010

Arquitetura x Tempo

Vale lembrar que a aquitetura é algo atemporal, concernente à sua época. A questão é que a arquitetura está mesmo em permanente exposição, a mercê do tempo, isso quer dizer que deve haver uma maior responsabilidade na elaboração das obras arquitetônicas em sincronia com seu tempo. Uma grande discussão entre arquitetos é "Será que a construção atual deve contemplar estilos arquitetônicos ultrapassados?". Atualmente, na nossa condição sócio-cultural, chamada Pós- modernidade, estamos praticamente estagnados em relação à capacidade criativa. Está claro que buscamos em estilos arquitetônicos antepassados, alguma forma de inspiração. O fato é que um estilo arquitetônico geralmente se opõe ao estilo arquitetônico antecessor.

Arquitetura Bizantina: Arquitetura de caráter eminentemente cerimonial e decorativo onde a imponência e riqueza dos materiais e detalhes eram prioridade. Guiada pela religiosidade, o estilo pode ser melhor obsevado em construções religiosas onde as características predominantes seriam o mosaico, a cúpula e a planta de eixo central, também chamada de planta de cruz grega.


Arquitetura Românica: Surgida na Europa por volta do século X, as igrejas foram as obras em que o estilo românico se desenvolveu em toda a sua plenitude exibindo força e solidez. Com formas básicas facilmente identificáveis, onde se destacam as fachadas formadas por um corpo cúbico central, com duas altas torres nas laterais, os tetos em coifa, frisos de arcada e transeptos. Contrastado com o Gótico, que o sucedeu, o estilo românico é mais sereno e próximo do clássico.

Arquitetura Gótica: Desenvolvida na França, o Gótico surge como resposta à austeridade do estilo românico, com o novo conceito de interpretação da arte religiosa. A construção gótica, de modo geral, se destingue pelo verticalismo dos edifícios que substitui o horizontalismo do estilo Românico. Tambem se diferncia pelas inovações arquitetônicas - a abóboda cruzada, contraforte e o arco ogival - que permitiu a elevação e desmaterialização das paredes, assim como pela distribuição da luz no espaço. Não podemos esquecer de mencionar os gárgulas tão presentes no exterior das edificações góticas.

Arquitetura Renascentista: "Humanismo" é a palavra-chave do renascimento, pode ser apontado como o principal valor cultivado neste período. Iniciou-se na Itália por volta do século XIII, já substituíndo a arte gótica. Muitos consideram como um fenômeno urbano desencadeado pela expansão demográfica. Elementos como o arco renascentista de forma curvilínea, de pura inspiração romana clássica, a janela renascentista, quadrada e mais ampla que a gótica, com vidro transparente proporcionando maior claridade.

Arquitetura Barroca: "A pérola imperfeita". Caracterizada pelas proporções geométricas definidas, pela grande carga de simbolismo, pela complexidade na composição do espaço e pela busca de efeitos impactantes, a interação ente a arquitetura e as artes decorativas, pela preferência por plantas axiais, tambem pelo uso de formas côncavas e convexas, o contrastes entre cheios e vazios, pela exploração de efeitos dramáticos de luz e sombra.

Arquitetura Neoclássica: Produto da reação antibarroco e inspirado nas formas greco-romanas, o Neoclássico se opõe de várias formas ao estilo antecessor: Formas regulares, geométricas e simétricas, o uso de cúpulas, frontões triangulares, ornamentação de caráter estrutural.





1: Basílica de Santa Sofia (Entre 532 e 537)
2: Basílica di San Miniato al Monte, Itália (1013)
3: Catedral de Notre-Dame de Paris (1163)
4: Basílica di Santa Maria del Fiore (séc. XIII - XIV)
5: Val-De-Grâce
6: Villa Capra (1566)

Então o que é considerado um estilo arquitetônico ultrapassado? O estilo, relacionado à época, reflete a sociedade, reflete a cultura, o histórico, entre outros fatores vividos em determinado período. Acho que por mais que um estilo busque inovação, o passado está sempre presente em um processo de criação. Ao contrário das outras artes, a arquitetura interfere na construção da paisagem urbana e esta deve envolver de forma a representativa a sociedade, a cultura, o histórico e o modo de pensar de sua época.

2 de setembro de 2010

Ergonomicamente Corretos

Ergonomia é diretamente relacionada à conforto, não tem como negar! Segundo os preceitos da ergonomia, o desenvolvimento de ferramentas, máquinas, móveis, utensílios e quaisquer outros objetos que sejam utilizados pelos seres humanos devem ser desenhados, confeccionados segundo certas regras que proporcionem um maior conforto e consequentemente , um menor esforço. Além do objetivo de evitar lesões, a ergonomia tambem visa evitar a exclusão de pessoas mais limitadas.








Desergonomia

Primeiramente, é necessário pensar no espaço urbano dentro de um conceito onde seja analisado como um intercâmbio de fatores que objetivam principalmente a qualidade de vida, incluindo valores humanistas e ecológicos, onde é de suma importância compreender a cidade como um aglomerado, uma pequena parte que compõe um todo maior. A arquitetura na sua relação com os elementos da cidade, é assunto carente de atenção, o que traz consigo consequências as quais são comumente sofridas pelo meio urbano. A paisagem urbana é apenas um reflexo da relação homem x ambiente, que pode ser interpretada como uma tentativa de organização do entorno, tendo como base determinados interesses, como cultura, necessidades, época atual, histórico, sendo assim induzida especialmente por meio de experiência coletiva em relação ao meio.

Bem, os trabalhos desempenhado pelos ergonomistas buscam melhor eficiência no desempenho das atividades diárias. Quando nos falam sobre ergonomia e facilidade, nos remetemos quase que estantaneamente à questão "pessoas deficientes" que, por serem minoria, são muitas vezes deixadas de lado. Por suas limitações, o projeto deve ser conduzido de forma que atenda as necessidades de todos. Infelizmente, estamos em processo de adaptação e ainda existem muitas falhas a serem retificadas.




"A Ergonomia se sustenta em dois pilares: Um de base comportamental, que permite apreender as variáveis que determinam o trabalho pela via da análise do comportamento, o segundo, subjetivo, que busca qualificar e validar os resultados, ambos com o intuito de elaborar um diagnóstico que vise transformar as condições de trabalho" - Wisner, 1995.

1 de setembro de 2010

Trabalho de Ergonomia

ERGONOMIA

A palavra “Ergonomia” advém de duas palavras Gregas: “ergon” que significa trabalho, e “nomos” que significa leis. A ergonomia baseia-se em muitas disciplinas em seu estudo dos seres humanos e seus ambientes - em conceber uma tarefa que se adapte ao trabalhador, e não forçar o trabalhador a adaptar-se à tarefa -, tais como antropometria, biomecânica, engenharia, fisiologia e psicologia. Esta disciplina é relacionada ao entendimento das interações entre seres humanos e outros elementos de um sistema. Os ergonomistas contribuem para o projeto e avaliação de tarefas, produtos, trabalhos, ambientes e sistemas, a fim de torná-los compatíveis com as necessidades, habilidades e limitações das pessoas com a intenção de projetar a fim de otimizar o bem-estar humano e o desempenho geral de um sistema.

O termo Ergonomia foi adotado nos principais países europeus na década de 50. Nos Estados Unidos foi criada a Human Factors Society em 1957, e até hoje o termo mais frequente naquele país continua a ser Human Factors & Ergonomics (Fatores Humanos e Ergonomia ) ou simplesmente Human Factors, embora Ergonomia tenha sido aceita como sinônimo desde a década de 80. Isto aconteceu porque no princípio a Ergonomia tratava apenas dos aspectos físicos da atividade de trabalho e alguns estudiosos usaram o termo "Fatores Humanos" de forma a agregar os aspectos organizacionais e cognitivos presentes nas atividades de trabalho humano.

A partir da década de 1980, o campo de estudo da ergonomia foi ampliado, passando a ser chamado de Macroergonomia. Segundo essa nova vertente, uma organização é vista como um sistema global, tendo que ser considerada como um todo. Com isso, sua definição é o desenvolvimento e aplicação da tecnologia da interface homem-máquina em toda a organização, isto é, sob um ponto vista global. Diferentemente, da ergonomia em seu aspecto micro, que leva em consideração o homem individualmente ou o posto de trabalho.

Aplicações:

Na definição de tarefas de modo a que sejam eficientes e tenham em conta as necessidades humanas, tais como, pausas para descanso e turnos de trabalho flexíveis, recompensas intrínsecas do trabalho em si... Na criação de ações de formação para que todos os aspectos do trabalho sejam compreendidos pelos trabalhadores.

No desenho de equipamentos computorizados, de modo a que sejam mais fáceis de utilizar e que haja menor probabilidade de ocorrência de erros durante a sua operação. E organização do trabalho de modo a melhorar a postura e aliviar a carga de trabalho no corpo, reduzindo assim lesões resultantes do trablaho repetitivo.

Na arquitetura, de modo a que a interpretação e uso de guias e sinais seja mais fácil e sem ocorrência de erros.